"Vocês já pararam para pensar como a vida atual é barulhenta? Estamos quase o tempo todo cercados por muitos sons nem sempre agradáveis ou salutares. Raras são as oportunidades em que podemos ficar a sós. Vivendo neste ambiente, procurar a quietude para momentos de descanso e reflexão toma-se uma necessidade imprescindível para aqueles que buscam uma vida mais serena e harmoniosa. |
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Talvez seja
esta a razão que levou um documentário, lançado na Alemanha em 2006, com
quase 3 horas de duração e basicamente silencioso, sem música ou narrativa,
contendo apenas alguns minutos de diálogos e cânticos, chamado O Grande
Silêncio (Die grosse Stille) a lotar cinemas naquele país e em toda a Europa,
tendo maior público do que o consagrado "Harry Potter". O filme
retrata a vida dos monges cartuxos, a mais severa ordem contemplativa
católica, da Grande Chartreuse, um mosteiro do século 17, na França. O
cineasta alemão Philip Gröning, questionado sobre sua vivência no mosteiro,
necessária para produzir o filme, afirma: "no princípio, estava
muito triste e solitário. Quando não fala, a pessoa começa a refletir sobre o
que faz e vem um vazio. Então a coisa mudou, pouco a pouco a percepção ficou
bem mais clara e tive uma sensação tranquilizadora. Tudo o que você vê ou
ouve o faz feliz como ser humano. É uma coisa curiosa: quando você consegue
não ficar pensando no próximo momento, nem fazer muitos planos - advém uma
espécie de pura felicidade. Você fica simplesmente feliz"."
"Os Rosacruzes, desde sua origem, consideram o silêncio uma necessidade humana básica para o desabrochar das potencialidades latentes e para o auto-conhecimento, já que só podemos saber quem somos quando olhamos para dentro, para as nossas motivações mais íntimas e, mais do que isto, quando aquietamos nossos pensamentos e ouvimos Deus em nós."
(...)
Hélio de Moraes
e Marques - Grande Mestre AMORC
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O tema nos remete desde o silêncio patológico até a atitude de engrandecimento, de transcendência e de amor a Deus. A meditação, a poesia, a filosofia e a música procuram reduzir o silêncio de uma forma que até mesmo o discurso que preconiza o silêncio é rejeitado. Há ainda um alerta aos limites da linguagem - que é insuficiente para dizer o indizível - e a redenção ao silêncio. Mais do que aprender sobre o silêncio, faz-se necessário APREENDER o silêncio!
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Um convite ao silêncio
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