sábado, 9 de fevereiro de 2013

Um convite ao silêncio



"Vocês já pararam para pensar como a vida atual é barulhenta? Estamos quase o tempo todo cercados por muitos sons nem sempre agradáveis ou salutares. Raras são as oportunidades em que podemos ficar a sós. Vivendo neste ambiente, procurar a quietude para momentos de descanso e reflexão toma-se uma necessidade imprescindível para aqueles que buscam uma vida mais serena e harmoniosa. 

Talvez seja esta a razão que levou um documentário, lançado na Alemanha em 2006, com quase 3 horas de duração e basicamente silencioso, sem música ou narrativa, contendo apenas alguns minutos de diálogos e cânticos, chamado O Grande Silêncio (Die grosse Stille) a lotar cinemas naquele país e em toda a Europa, tendo maior público do que o consagrado "Harry Potter". O filme retrata a vida dos monges cartuxos, a mais severa ordem contemplativa católica, da Grande Chartreuse, um mosteiro do século 17, na França. O cineasta alemão Philip Gröning, questionado sobre sua vivência no mosteiro, necessária para produzir o filme, afirma: "no princípio, estava muito triste e solitário. Quando não fala, a pessoa começa a refletir sobre o que faz e vem um vazio. Então a coisa mudou, pouco a pouco a percepção ficou bem mais clara e tive uma sensação tranquilizadora. Tudo o que você vê ou ouve o faz feliz como ser humano. É uma coisa curiosa: quando você consegue não ficar pensando no próximo momento, nem fazer muitos planos - advém uma espécie de pura felicidade. Você fica simplesmente feliz"."

"Os Rosacruzes, desde sua origem, consideram o silêncio uma necessidade humana básica para o desabrochar das potencialidades latentes e para o auto-conhecimento, já que só podemos saber quem somos quando olhamos para dentro, para as nossas motivações mais íntimas e, mais do que isto, quando aquietamos nossos pensamentos e ouvimos Deus em nós."
(...)

Hélio de Moraes e Marques - Grande Mestre AMORC

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