O provérbio popular chinês, "a palavra é prata, o silêncio é
ouro", coloca para nós uma questão de valor. Nós estamos numa sociedade
que não valora o silêncio. O som, o uso da fala é estimulado, valorado e
admirado constantemente. O que dizer então do silêncio?
Ao pensarmos
sobre o silêncio, abre-se um mundo de indagações. A problematização envolvida com
a fala e com a audição, na grande maioria das vezes fica restrita à área da
convivência social. Do ser agradável ou desagradável. Não aborda o corpo, a
emoção, o sentimento, o pensamento, a mente, Deus... Não nos coloca questões do
tipo:
Como lidar com o
silêncio que angustia? E com a angústia que silencia? E o outro diante da
palavra que se cala? E o silêncio que me é imposto? O som que não escuto? E o
real mudo que não fala, que não significa? Como lidar com a eternidade do
silêncio que nos cerca? Diante do Deus que se não ouço... porque não me calo?
Encontramos a
diferença de posicionamento do homem ocidental e do homem oriental diante da
vida. Descobrimos que o homem ocidental busca basicamente a satisfação de seu
desejo. Para ele a riqueza é encontrada em seu exterior e a palavra é seu
instrumento, instrumento de escavação. O homem oriental busca matar o desejo.
Trabalha com o silêncio, uma vez que a riqueza é encontrada no interior do
homem, no silêncio.
O tema silêncio nos remete ao mutismo – um silêncio patológico -, mas também à uma atitude de engrandecimento, de transcendência e de amor a Deus. No silêncio há uma linguagem que as palavras não conseguem exprimir todo o desejado e leva-nos a frustração do chocar-se contra os limites da linguagem e a redenção pelo silêncio. O silêncio também é linguagem, mas linguagem do espírito, e como diz H. Rohden, no silêncio a vacuidade do ego humano permite o surgimento da Teo-presença e da Teo-plenitude. Wittgenstein “chocou a comunidade filosófica de seu tempo ao produzir um discurso filosófico que procura reduzir a filosofia ao silêncio de uma forma tão radical que até mesmo o discurso que preconiza o silêncio é rejeitado no final”.
O tema silêncio nos remete ao mutismo – um silêncio patológico -, mas também à uma atitude de engrandecimento, de transcendência e de amor a Deus. No silêncio há uma linguagem que as palavras não conseguem exprimir todo o desejado e leva-nos a frustração do chocar-se contra os limites da linguagem e a redenção pelo silêncio. O silêncio também é linguagem, mas linguagem do espírito, e como diz H. Rohden, no silêncio a vacuidade do ego humano permite o surgimento da Teo-presença e da Teo-plenitude. Wittgenstein “chocou a comunidade filosófica de seu tempo ao produzir um discurso filosófico que procura reduzir a filosofia ao silêncio de uma forma tão radical que até mesmo o discurso que preconiza o silêncio é rejeitado no final”.
Para esse
fazer-se silêncio ou esse fazer no silêncio a caminhada para o Pai, é preciso
mais do que aprender sobre o silêncio, é preciso apreender o silêncio! As
respostas sobre o silêncio vêm do próprio silêncio, em silêncio...
"A palavra é
um método - o silência é a meta
A palavra é um
início - o silêncio é um fim".
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