sábado, 9 de fevereiro de 2013

7 de maio, Dia do Silêncio



Silêncio é o eco reflexivo interior, o voo da solidão gigante, o grito eloquente no auge
da dor, o clamor do oprimido, a expressão criadora do poeta.
O silêncio é a ausência de barulho, sons, vozes e ruídos,
segundo a definição de dicionários e enciclopédias.
Do ponto de vista da espiritualidade, o silêncio é força e caminho propício
 à introspeção e à meditação.
O silêncio dos imensos desertos, por onde caminham os peregrinos, 
em busca da fonte inesgotável de paz e harmonia.
O silêncio que nos acompanha na intimidade e está conosco no instante final, 
companheiro e guia no caminho da eternidade.
Silêncio é a força misteriosa, repleta de sutilezas e transparências,
que nos dá a medida exata da pureza, da humildade, da riqueza interior.
Sem o silêncio a alma fica pequena.
“Há o silêncio manipulador, o silêncio torturante, o silêncio chantagista,
o silêncio rancoroso, o silêncio conivente, o silêncio da zombaria,
o silêncio imbecil, o silêncio do desprezo.
Há pessoas que matam com seu silêncio. 
Há silêncios que esmagam a justiça e a bondade, na calada da noite.
O silêncio mais puro é aquele que guarda a confidência.
Este silêncio jamais é excessivo.
Não se deve apregoar aos quatro ventos o que foi murmurado
na intimidade da amizade e do amor.
O silêncio mais sábio é aquele que fazemos diante dos impertinentes,
 intolerantes e desbocados.
É o silêncio do Cristo inocente diante dos acusadores, 
o silêncio dos espaços infinitos diante da quase infinita capacidade nossa de falar
ou escrever sem razão.
Calar da maneira certa é deixar que uma voz mais profunda seja ouvida.
A voz severa, a voz serena, a voz suave e firme da verdade.”

Publicado em 7/05/2010 by Redação, nas categorias Almanaque Brasil CulturaDestaques.

Nenhum comentário:

Postar um comentário