O tema nos remete desde o silêncio patológico até a atitude de engrandecimento, de transcendência e de amor a Deus. A meditação, a poesia, a filosofia e a música procuram reduzir o silêncio de uma forma que até mesmo o discurso que preconiza o silêncio é rejeitado. Há ainda um alerta aos limites da linguagem - que é insuficiente para dizer o indizível - e a redenção ao silêncio. Mais do que aprender sobre o silêncio, faz-se necessário APREENDER o silêncio!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Deus e o silêncio
"Deus poderá alcançá-lo somente quando você estiver receptivo. Deus não é um pensamento mas a experiência de estar sem pensamentos. Ele não é um conteúdo na mente; ele é a explosão quando a mente fica sem conteúdo. Este não é um objeto que você possa ver; é a própria capacidade de ver. Não é o que é visto senão aquele que vê. Ele não é como as nuvens que se juntam no céu, mas o próprio céu quando não há nenhuma nuvem. Ele é esse céu vazio .
É o céu vazio que dá espaço para tudo que é. É esse céu vazio que é a base de tudo que existe. Coisas vêm e vão e o céu permanece o mesmo. Nuvens vêm e vão, planetas nascem e desaparecem, estrelas surgem e morrem, e o céu interior permanece o mesmo, intocado, imaculado. Chamamos esse céu interior de sakshin, a testemunha – e esse é todo o objetivo da meditação.
Vá para dentro, desfrute o céu interior. Lembre-se, o que quer que você possa ver, você não é isso. Se puder ver pensamentos, então você não é pensamento; se puder ver seus sentimentos, então você não é seus sentimentos; se puder ver seus sonhos, desejos, memórias, imaginações, projeções, então você não é nenhum deles. Prossiga eliminando tudo que você possa ver. Desse modo, um dia, o momento especial chega, o momento mais significante na vida de uma pessoa, quando nada resta para ser rejeitado. Tudo que foi visto desaparece e somente aquele que vê está ali. Este observador é o céu vazio.
Conhecer isso é não ter o que temer, e conhecer isso é estar repleto de amor. Conhecer isso é ser Deus, é ser imortal".
Osho
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